de Sérgio Firmino Mendes; Ilustração: Pedro Brito
Osvaldo, o Rato Faquir é um conto que fala sobre a magia da amizade, sobre a vontade de recuperar o tempo, sobre a importância de partilhar o conhecimento adquirido.
Osvaldo somos nós, professores de tantos meninos, pais neste mundo que às vezes parece sem rumo definido. Neste conto emergem duas personagens singulares: Osvaldo, um hamster do campo que dorme numa gaveta de porcas, pregos e parafusos, e Agulhas, um ouriço-cacheiro que tem o sonho de tornar-se médico barbeiro.
Ambos adoram pesquisar na biblioteca da velhinha e no computador que teima em não desligar. Pesquisam países e lugares exóticos para visitar nas férias que se aproximam. Infelizmente, Agulhas não consegue abandonar os clientes que frequentam a sua barbearia.
Apesar da tristeza de Agulhas, Osvaldo decide partir para os Himalaias em busca da montanha mítica de Shangri-La. É nessa montanha que conhece o mestre que lhe entrega a chave do conhecimento e da magia interior. Mas de nada vale ter muito conhecimento se este não for partilhado com os amigos, disse o mestre a Osvaldo. Osvaldo decide regressar à sua horta Natal com o circo de animais imaginários.
Osvaldo tornou-se num faquir de renome, coadjuvado por um silfo, uma salamandra e um mapinguari. Todos os insetos e animais da horta são convidados para o espetáculo que é montado com materiais reciclados.
Há quem diga que o circo do Osvaldo atua nas hortas e relvados da Europa, nas selvas da Amazónia e nos pântanos da Patagónia, mas a verdade é que pode estar mesmo a chegar à rua onde mora a criança que cabe dentro da tenda da fantasia.